A Creatina é um aminoácido (os aminoácidos são à base de
formação das proteínas) produzido no nosso corpo pelos rins e fígado,
proveniente da alimentação através da carne e produtos animais. A Creatina
(creatina mono-hidratada) é uma substância incolor, cristalina e usada pelo
tecido muscular para a produção de fosfocreatina, um fator muito importante na
formação de adenosina trifosfato (ATP), a fonte de energia para a contração
muscular e tantas outras funções no nosso corpo.
Como atua a creatina no nosso corpo?
No nosso corpo, a creatina é alterada para uma molécula chamada “Fosfocreatina”
a qual atua como reservatório de armazenamento para a energia rápida. A
Fosfocreatina é sobretudo importante em tecidos como os músculos voluntários e
para o sistema nervoso, os quais requerem periodicamente grandes quantidades de
energia.
A Creatina e doenças neuro-musculares
Dois estudos científicos indicaram que a
creatina pode ser benéfica nas doenças do foro neuro-muscular.
Um estudo levado a cabo pelo investigador financiado pelo MDA, Sr. Flint Beal
do Centro Médico da Universidade de Cornell, demonstrou que a Creatina era duas
vezes mais efetiva do que o medicamento de prescrição médica Riluzole, no
prolongamento da vida dos ratos portadores da doença neuro-degenerativa
“esclerose lateral amniotrópica” (ALS, ou doença de Lou Gehrig).
Outro estudo efetuado pelos canadianos Tarnopolsky e Joan Martin do Centro
Médico da Universidade McMaster em Ontário, concluiu que a creatina pode levar
a pequenas melhorias de força em pessoas com vários tipos de desordens do foro
neuro-muscular.
O trabalho de Beal foi publicado na edição de Março de 1999 na revista
cientifica “Nature Neuroscience” e o segundo foi publicado na edição de Março
dedicada à Neurologia.